Consumo de streaming cresce e impacta banda larga
O começo de uma profunda mudança no comportamento do telespectador brasileiro foi evidenciada na edição atual do estudo TV & Media, produzido pelo ConsumerLab, área da Ericsson que estuda o comportamento do usuário. Mundialmente, o streaming de vídeo está quase no mesmo patamar que a maneira tradicional de assistir TV: 75% de usuários disseram que assistem ao conteúdo programado por eles, várias vezes por semana, em comparação aos 77% que assistem a programas de televisão com grade fixa no mesmo período.
No Brasil, o número de entrevistados que assistem à programação tradicional de televisão caiu de 81% para 73%, comparado a 2013 e 40% dos entrevistados afirmaram que assistem diariamente, em seus smartphones, vídeos produzidos por outros usuários.
O consumo de streaming mostra que a era de entretenimento de alta qualidade e sob demanda já é realidade. E o impacto desta tendência se dá no aumento de consumo de banda de Internet, tanto fixa quanto móvel. Contudo, o custo do tráfego de dados e o custo do conteúdo em si ainda barram muitos telespectadores, de acordo com a pesquisa.
Os entrevistados brasileiros responderam que assistem 1h46 a mais de conteúdo em vídeo em smartphones do que assistiam em 2012. O estudo revela, ainda, que a transmissão tradicional e canais pagos são vistos por muitos como repositórios de conteúdo de onde os usuários selecionam peças individuais de conteúdo para assistir mais tarde, usando seu gravador de vídeo digital (DVR).
Além disso, muitos espectadores migraram para assinaturas de serviços de vídeo on-demand (S-VOD), como Netflix e Hulu. A pesquisa mostra que 56% das pessoas que pagam por serviços de vídeo on-demand preferem que todos os episódios de uma série de TV estejam disponíveis de uma vez só e possam ser assistidos no ritmo do usuário, e somente 45% dos respondentes não pagam por S-VOD. De acordo com a especialista do ConsumerLab da Ericsson no Brasil, Júlia Casagrande, isto mostra o impacto que tais serviços têm no comportamento e exigências dos consumidores.
O estudo englobou entrevistas com mais de 23 mil pessoas em 23 países, entre eles Brasil, México e Chile.
Fonte Abranet