IPTV: Modelo e Negócio e Implantação no Brasil
Baseado nas pesquisas realizadas, o mercado de IPTV no Brasil deve investir mais em novos recursos para tecnologia, visto que pode oferecer muito mais do que os serviços citados, chamando mais a atenção do consumidor.
Hoje o Brasil é um dos grandes consumidores de games e a cada dia vem crescendo mais o numero de consumidores neste ramo. Seguindo este pensamento seria uma boa opção desenvolver serviços dentro do IPTV neste segmento. A operadora BT (British Telecom) no Reino Unido é um bom exemplo, pois recentemente firmou um acordo com a Microsoft, integrando funcionalidades do Xbox 360 com o set-top box [14].
Contando com a Microsoft para esta área, o mercado ainda conta com outras duas empresas consolidadas em consoles: Sony e a Nintendo Company, uma parceria com estas empresas talvez fosse um bom negócio. Outro modelo de negócio que poderia ser implantado é um fórum de discussões entre os alunos no sistema de aula usando o IPTV, de modo a discutir determinado assunto relacionado ao programa de TV (séries, filmes, documentários, noticiários e etc.).
Já é fato que o IPTV é um grande trunfo para as operadoras, agora o sucesso e aceitação no mercado vão depender de como será explorada a capacidade da tecnologia.
IPTV no Brasil
Infraestrutura
Hoje o Brasil conta com várias empresas que possuem infraestrutura pronta para o serviço de IPTV. Dentre elas estão NET, GVT, Oi, Telefônica e CTBC, tendo como órgão regulamentador a Anatel. Para a implantação do sistema, o prestador do serviço deve ter uma infraestrutura que comporte a tecnologia, uma licença para uso e esteja de acordo com a regulamentação.
Embora estas empresas estejam prontas para implantação do sistema de IPTV, ainda não podem disponibilizar a tecnologia por completo, pois só pode ser transmitido o VoD. Pequenos prestadores de serviço oferecem o IPTV para palestras, seminários, eventos e etc.
Em meados de 2007 quando a tecnologia começou a adentrar no país este era um grande problema para as operadoras de telefonia fixa, pois grande parte delas possuía uma infraestrutura bastante defasada. Atualmente muitos já mudaram este quadro e outros vêm sofrendo mudanças.
A cada dia os prestadores de serviços de telecomunicações estão melhorando suas estruturas de rede de modo a oferecer serviços melhores aos clientes, como a Telefônica que esta ampliando suas redes de fibras ópticas e em alguns casos até o cliente final através da tecnologia FTTH, e oferecendo serviço de IPTV, mais banda larga de superior a 30 Mbit/s.
Regulamentação
A Regulamentação dos Serviços de Telecomunicações, aprovado pela Resolução da Anatel nº 73, de 25 de novembro de 1998, define diretrizes regulatórias para a prestação de serviços de telecomunicação onde no artigo 22, estes serviços estão definidos e orientados ao usuário independente da tecnologia usada.
Para o IPTV não há impedimentos no uso da tecnologia. Não havendo alteração na legislação, as empresas de operadoras poderão oferecer o serviço usando uma licença chamada de SCM, que é o Regulamento de Serviço de Comunicação Multimídia, aprovando pela Resolução da Anatel nº 272, de 09 de agosto de 2001, onde em seu artigo 67, permite o fornecimento de sinais de vídeo e áudio, de forma eventual, mediante contrato ou pagamento por evento [15].
Em setembro de 2011, a presidente do Brasil Dilma Rousseff sancionou a lei 12.485/2011 e através desta nova lei as operadoras de telefonia poderão oferecer serviços de TV por assinatura, estabelecimento de novas cotas para conteúdo de nacional incluindo três horas e meia por semana de produções Brasileiras entre 18h e 22h [16].
A partir desta no mês de dezembro de 2011, foi aberto pela Anatel a consulta pública nº 65, onde prevê propostas de regulamentação do SeAC e regras para o serviço de TV por assinatura.
Ainda em 28 de março de 2012 a Anatel pulicou um Diário Oficial com a versão final do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) onde passa a regulamentar o mercado de TV por assinatura, mas ainda a Anatel ira editar uma série de regulamentos sobre pontos específicos do SeAC. Este processo ainda depende da Ancine (Agência Nacional do Cinema) que ate então esta em fase de andamento [17].
A regulamentação, também visa que o serviço seja classificado como um serviço de telecomunicação de interesse coletivo, prestado no regime privado, consistindo na distribuição, por qualquer meio de programação de vídeo, áudio ou ambos a assinantes localizados na área de prestação de serviço.
Com o IPTV tende-se a ter uma redução de requisitos administrativos e unificação de licenças, direcionando a um novo modelo de serviço de telecomunicação em um ambiente de serviços convergentes.
Fonte: Teleco